sexta-feira, 25 de março de 2011

Não seria a hora de dizer chega? ( uma critica ao filme as mães de Chico Xavier)

Já não é de hoje que, eu venho afirmando aqui no blog, incluindo o antigo, por diversas vezes sobre o esgotamento dos filmes brasileiros.
Pelo mundo da internet, entre sites, blogs de cinema as pessoas tem se manifestados dizendo que o cinema brasileiro evoluiu. De fato eu concordo, ao depararmos com filmes como "Tropa de Elite", que apesar do tema "policia e bandido" ser saturado por aqui, esse filme inegavelmente trouxe uma novidade, até então desconhecida pelas produtoras cinematográficas brasileiras: o gênero ação. Mas só até esse ponto. Daí pra frente os filmes brasileiros têm se decaído bastante, conotando a verdadeira falta de tema, de história e de originariedade.
Critico não como uma especialista, que tem conhecimentos técnicos, entre outras noções. Critico como uma parte de um público que acredita no potencial brasileiro de fazer cinema. Afinal os filmes não são feitos pra gente ( o público)? Então fazendo uso desse direito, como não criticar os filmes feitos com temas em série sobre espiritualidade, ligados direta ou indiretamente a trajetória do médium Chico Xavier?
Dentre os filmes lançados eu assisti "Nosso Lar" e "Chico Xavier". E em Abril estréia o filme "As Mães de Chico Xavier".
Deixando a religião de lado, e não levando em conta a divulgação do trabalho de um dos médiuns mais conhecido do Brasil, e tendo a visão do cinema como uma indústria, esses filmes tem me deixado descrente com o cinema brasileiro. As produtoras me parecem estar preocupadas em ganhar público através de uma curiosidade dos mesmos, mas que, mas que depois de exaustivos lançamentos de filmes sobre o tema, já não deixa ninguém curioso. Além do que esses filmes têm obviamente fortes traços religiosos, ficando assim difícil de convencer e comover a todos os públicos. Diferentemente, por exemplo, do filme Ghost- Do Outro Lado Da Vida, que comoveu até os que não acreditavam em espiritualidade. Quero lembrar que eu me considero espírita, por isso minha critica não tem nada haver com preconceito religioso. Eu consegui assistir aos filmes com total liberdade de pensamento.
Resumindo, para mim cura de tantos problemas que envolvem essa questão é investir em escritores- ou roteiristas - bons escritores, com histórias originais. As produtoras deveriam estar abertas a receber esse público de escritores/roteiristas, que no Brasil deve ter diversos escondidos por aí. É necessário que nenhuma produtora esteja pressa a nomes, pois o que dirá se o filme será ou não de sucesso, não é por quem ele foi produzido ou dirigido, e sim a história original, pela sinopse convincente. O que eu quero dizer é que temos bons produtores e diretores atualmente trabalhando, mas que parece não ser o suficiente para cumprir um ciclo anual de grandes estréias. E cá entre nós, não somos Hollywood para manter as oportunidades tão fechadas e pra poucos.
Expandir as oportunidades, aumentar contratações e não deixar que o roteirista trabalhe por si na esperança de que alguém veja em algum dia o seu trabalho. Expandir oportunidades significa que a produtora de veria estar apta a receber roteiros originais e conseqüentemente se o roteiro for bom contratar o roteirista nem que seja por um curto período, o período de produção. Por que o Brasil é um país de talentos. Por isso é inexplicável o cinema estar desse jeito.


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